28 de novembro de 2013

O outro lado da maternidade!

Meu cantinho tá de cara nova,eu amei,layout feito pela Cibele Lima, recomendo muito paciente,simpática...
Bom fiquei um tempinho sem postar,preciso atualizar nossas aventuras...

A tempos quero fazer esse post,sobre o outro lado da maternidade ( o lado B) que quase não se fala.Quando me tornei mãe pela primeira vez,era uma adolescente sem muitas informações,ou melhor nenhuma,e também não tinha tanto acesso a internet como hoje em dia.Por sorte,no hospital aonde fiz meu pré-natal tinha o curso para gestantes,onde sempre ia eu e meu marido,deu pra aprender um pouco,apesar de ser mãe de 5,ainda estou aprendendo cada dia algo novo,ser mãe é descobrir que você não sabe tudo e viver em um eterno aprendizado...Mas por fim, pouco se fala do lado B da maternidade,dos desafios,das noites sem dormir,da culpa,das birras,choros intermináveis,da vontade de sair correndo que as vezes dá!
Diz o ditado que ser mãe é padecer no paraíso. Hoje eu realmente entendo o que isso quer dizer. É muito mais comum a gente ler por aí a parte do paraíso que diz respeito à maternidade: as coisas fofas que os bebês – e as crianças – fazem, as alegrias, as descobertas, o sentimento de amor infinito que invade os nossos corações, os sorrisos, as risadas. Até aqui mesmo no blog, eu sempre falo do lado bom de ser mãe. Mas o outro lado existe também,e a grande maioria não fala.
Antes, quero deixar bem claro: eu AMO meus filhos, AMO ser mãe, e não me arrependo das minhas escolhas. Pronto. Já cobri essa parte. O que não invalida o “padecer” que vem adiante.
Eu me sinto uma malabarista tendo que equilibrar um bebê,uma pequena notável com 2 anos e 9 meses,que está na fase espoleta,não para de aprontar,quer ser independente sem ter tamanho,um aventurador nos seus 5 anos,curioso,aprendendo a escrever,ler,descobrindo o mundo,um menino tranquilo de 7 anos que admira o pai e o irmão mais velho,e um quase pré- adolescente,com seus 9 anos,muito esperto,inteligente e companheiro,mas que algumas vezes esses 5 chora,brigam,respondem,desafiam,e mais uma casa pra limpar,cuidar,pq não tenho empregada,ou sequer uma diarista,aqui tudo sou eu,o fogão e a máquina,ah quase ia esquecendo o marido,que algumas vezes parece criança também, um trabalho ( pra quem não sabe trabalho com retrospectivas,e as pessoas imaginam ser a coisa mais fácil do mundo,como montar um vídeo no Movie Maker #sqn,é trabalhoso, demorado,fico dias e até sem dormir para poder montar um projeto) e além de tudo isso tenho meus blogs,páginas,face,grupos para atualizar...Eu como correndo,tomo banho correndo,como a maioria das mamães eu choro,enlouqueço...as vezes,ou melhor direto, tenho que dar uma de louca e soltar uns gritos,tenho que ser juíza e resolver as brigas,por de castigo,dar broncas!Briguinhas entre irmãos, que sim acontece,quase que de hora em hora, tem um monte de brinquedo,ninguém pega ai quando um resolve brincar todos querem e sempre o mesmo!
Depois que a gente tem um filho,tudo muda.Os primeiros meses quando o bebê nasce,são os mais complicados,é a gente tentando se ajustar ao bebê,e ele a nós,a dinâmica da casa muda,um bebê requer cuidados em tempo integral,então fica complicado e muito,não é fácil,muitas vezes me sinto sim uma mãe de merda.
Ser mãe é tudo de bom,maravilhoso,inexplicável,mas também tem uma parte bem difícil e chata, e você vai ver as duas coisas. Com certeza!”
Não é querendo assustar as futuras mamães,mas tem o lado B que ninguém conta,não é só o não dormir direito, mas é o não dormir, não comer, não tomar banho, não escovar os dentes, não fazer xixi.
E mais do que isso, tem ainda outra coisa muito importante, que tem horas que a gente simplesmente enche o saco. Que tem momentos que a gente secretamente se pergunta: Por que tudo tem que ser tão difícil? Por que tenho que estar passando por isso? Por que resolvi ser mãe?Ah sim, porque tem horas, que mesmo a mãe mais babona, apaixonada, dedicada e mimimi do mundo vai se fazer essa pergunta. Isso porque, sempre haverá um momento em que ela irá chegar no seu limite do cansaço e da paciência.
Eu sou a favor da amamentação,meu bebê está com 8 meses e ainda amamento,e amentei todos,mas dificilmente vc vê alguém postando que para algumas mamães a amamentação pode não ser tão fácil,pra mim sempre foi,meu primeiro filho nasceu e logo foi para o peito e não desgrudou,meu bico não rachou,não senti dor,e foi assim com os outros,Mas nem sempre é,podem ter N fatores que vão prejudicar e que talvez você não consiga amamentar como gostaria!
Agora me respondam, porque ninguém fala sobre esse lado?
De duas uma: ou querem proteger a futura mamãe do choque que está por vir ou vêem essa confissão como algo que as faz menos mãe.
Eu,acredito que a segunda alternativa é a verdadeira. Que a maioria das mães não mostra o lado difícil das coisas e não confessa que muitas vezes chega no seu limite da sanidade porque acha que fazendo isso irá descer no ranking que elege as melhores mães do mundo. E se tem uma coisa que toda mãe quer ser é a melhor.
Gente, está aí uma coisa ultrapassada, que podia funcionar no tempo das nossas mães e avós, mas hoje em dia não cabe mais.Estamos no tempo da sinceridade, do ser verdadeiro, do assumir suas falhas e fraquezas sem que isso nos faça menos importantes. Além do mais, hoje, muitas de nós não assumem só o papel de mães, mas também o de profissionais, de voluntárias, de pessoas engajadas na sociedade e por aí afora. Ou seja, quem disse que temos que ser perfeitas como mãe? Quem disse que não podemos confessar que uma hora cansa, que uma hora enche o saco, que uma hora temos vontade de fugir de casa para voltar uns três dias depois? Afinal, é difícil dar conta de tudo, é difícil assumir e conciliar todos os papeis que nos cabem nessa sociedade moderna.
Ter esses momentos de “putz, tô de saco cheio” não torna ninguém menos mãe. Só a torna humana. Porque vamos ser sinceras, alguém que vê na maternidade uma experiência maravilhosa, edificante, encantadora 100% do tempo, ou está mentindo, ou é de outro mundo. Só acredita que isso é possível quem nunca viveu a experiência de ser mãe.Se mais pessoas confessarem isso, em claro e bom som, tenho certeza que a culpa de muitas mães será amenizada.
Mas te garanto que apesar dos perrengues, dos momentos de loucura,entre choros,fraldas de cocô,casa pra arrumar,roupas pra lavar,não há como negar que o lado B, na grande maioria das vezes, desaparece da nossa memória quando o lado A abre aquele sorrisão!
Por isso mamães e futuras,não tenham vergonha nem se sintam menas mãe por confessar esse outro lado!




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